“Selvagem” - O poema
No emaranhar da selva amazônica,
Mas precisamente pelos lados do Acre,
Surgi dentre as matas frondosas,
Florestas e relvas,
A mais afinada cabocla,
Surgida da mata e da selva.
Sua pele morena,
Brejeira e faceira,
Põe a flor no cabelo,
Ensaia o carimbo e o siriá,
Levanta poeira com o povo a dançar.
De rouca voz,
O canto ecoa na proa.
Vem canoa vem,
Trazer pra perto de nós,
Nos braços do Guajará,
a cria da mãe morena,
que movimenta a saia,
no sacolejo do rio Guamá.
Movimentando os patuás e balangandãs,
O cheiro cheiroso,
Do aroma da fauna,
Que aflora a essência,
Do mundo exótico e misterioso,
Que existe nas lendas e crenças.
E voou, voou, voou,
Foi para longe,
Mas é no vai e vem
Dos igarapés de Belém,
Que vem matar sua sede,
Seja de barco, avião ou de trem.
Simboliza as pedreiras,
Riachos e cachoeiras,
Representa a mata,
E chora a desmata.
Ela é Nazaré Pereira,
A “selvagem” mulher cantadeira.
Escrito por Elson de Belém, as 13:28 h – Piracicaba SP
Por ocasião do show “Selvagem” de Nazaré Pereira em Belém.
www.wix.com/nazarepereira/nazarepereira
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